Leão XIV e a razão católica em tempos de polarização
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  • 10/05/2025

Leão XIV e a razão católica em tempos de polarização

Papa leao xiv reutersyara nardi

Créditos: Canção Nova

A eleição de Leão XIV ao trono de Pedro acontece em um momento de intensa divisão política e cultural, no Brasil e no mundo. Em meio a guerras, extremismos e à degradação do debate público, o novo Papa escolhe um nome carregado de simbolismo: o de Leão XIII, autor da encíclica Rerum Novarum (1891), que lançou as bases da Doutrina Social da Igreja.

Leão XIII desafiou tanto o liberalismo que explorava o trabalhador quanto o socialismo que dissolvia a liberdade individual. Mostrou que a justiça cristã não se faz com slogans, mas com caridade, dignidade e mediação. Ao adotar esse nome, Leão XIV parece indicar que a Igreja deve ser novamente um farol de equilíbrio num tempo dominado por ideologias ruidosas.

O problema é que muitos católicos sequer conhecem essa tradição. Ignoram a Doutrina Social da Igreja e reduzem sua fé a bandeiras partidárias. Uns chamam a Igreja de “comunista” por defender justiça social; outros, de “reacionária” por defender a vida e a família. Essa confusão revela não apenas ignorância, mas ausência de formação.

A Igreja não pertence à esquerda nem à direita. Ela é universal. E seu papel é formar consciências, não manipulá-las. Leão XIV nos chama à maturidade: menos rótulos, mais Evangelho; menos gritos, mais verdade.

O Brasil vive uma encruzilhada entre paixão e razão. Que o novo Papa nos inspire a reencontrar a missão da fé no mundo: ser luz, sem sectarismos; ser ponte, não trincheira. E que voltemos a ler a Rerum Novarum — não como documento do passado, mas como caminho para o futuro.

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Por Mateus Wesp